terça-feira, 24 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO E EMANCIPAÇÃO HUMANA

Orientadora: Maurilene do Carmo
Aluna: Christiane Cely F. Melo



  • Origem e Natureza da Educação.



Falando sobre a natureza da educação, o autor Ivo Tonet enfatiza em seu texto, “Educação e Emancipação Humana”, tomando como ponto de partida a sociedade capitalista e não a preocupação com a essência do elemento humano abordando num primeiro momento denominado pelo mesmo de “Origem e Natureza da Educação” e posteriormente tratando dos “Requisitos para uma atividade educativa emancipadora”.


Quanto ao papel histórico da educação, este depende do momento histórico onde a educação foi vivenciada. Para compreendermos a essência do fenômeno da educação, precisamos primeiro compreender o porquê do seu surgimento.


Analisando – se educação constitui uma forma de trabalho conclui-se que isto é verdade. Enquanto categoria de trabalho a educação possibilita ao indivíduo a apropriação de habilidades, etc, de modo que é através do processo histórico que acontece essa apropriação. Ninguém nasce sabendo. É através do ato de educar-se que acontece a apropriação do conhecimento disponível em outros indivíduos. Para Lucács a educação consiste em tornar os homens aptos a reagirem diante dos desafios do cotidiano.


Não se trata de transferir o conhecimento pronto e acabado como sendo a última verdade, mas abrir a possibilidade de recriar esse conhecimento, adequando-o à realidade de cada momento histórico.


Para Saviani a educação é o ato de produzir humanidade nos humanos. O autor trata ainda do papel que a educação representa no indivíduo como ser social.


Não será o indivíduo isoladamente, nem os que atuam na dimensão educativa, o pólo norteador das transformações sociais, mas a concreta totalidade social, cuja matriz é a economia. Embora a educação tenha um caráter conservador, ela proporciona as condições para que o indivíduo possa estar permanentemente buscando a construção do novo.


Ao discutir educação e trabalho, o autor conclui que enquanto a educação é feita de subjetividades, o trabalho é um ato de transformação da natureza, portanto algo concreto., muito embora Educação pertença à categoria de trabalho. Entretanto, enquanto o trabalho se constitui numa relação entre o homem e a natureza, a educação é uma relação entre o indivíduo e a sociedade.


Na humanidade primitiva o homem tinha no trabalho seu momento de educação. Assim surgia a divisão social do trabalho. Assim as classes dominantes sempre definiram as estruturações da Educação. A contradição da educação reside no fato de negar o seu caráter alienante sem colocar, entretanto em risco os interesses das classes dominantes. Aí reside o fato da dificuldade de se construir as bases de uma educação emancipadora.A lógica do capital não é a realização plena do indivíduo, mas a sua própria reprodução..






  • Requisitos para uma atividade educativa.





O questionamento-base no campo da educação emancipadora é basicamente em que consiste uma atividade educativa emancipadora. Nesta perspectiva o autor discute cinco requisitos para uma educação desse nível, quais sejam:






1º) O próprio fim maior da Educação. È preciso ter clareza do fim que se quer da educação. Educação para quê? Sem essa clareza a educação acaba sem ter propósito. Por isto a preocupação dos organismos internacionais que financiam e educação nos países periféricos.






2º ) Apropriação do conhecimento a respeito do processo histórico. Daí a importância de se estar em dia com os conhecimentos produzidos pelas Ciências Sociais. Este requisito não se dá num contexto de alienação, mas num universo em que a realidade seja um tema constante.






3º) Conhecimento da natureza essencial do campo específico da educação. Não é qualquer tipo de educação que serve à emancipação humana.






4º)Domínio dos conteúdos específicos. De nada adianta ao educador ter uma postura política revolucionária se ele não tiver o domínio dos conteúdos que ministra. A sua ação, neste caso, sempre deixará muito a desejar, bem como não estará contribuindo para uma ação emancipadora.






5º) Articulação da atividade educativa com as lutas desenvolvidas pelas classes subalternas, sobretudo aquelas ligadas às estruturas produtivas. Neste requisito o educador precisa estar atualizado e comprometido com as diversas formas de lutas que são colocadas em prática pelos movimentos sociais. É consenso que não é a educação que tem o papel fundamental de transformar a sociedade, mas sim compete este papel ao trabalho.






Da análise sobre uma educação emancipadora conclui-se que esta consiste em conciliar as suas subjetividades com a dimensão do concreto que são possíveis através do trabalho. Para que uma educação seja praticada em bases emancipadoras é necessários que os educadores tenham consciência do seu papel na sociedade, conhecendo assim suas potencialidades e os seus limites. Se os educadores não tiverem uma consciência crítica e não alienante, o seu papel não será o de contribuir para a transformação da sociedade, mas a de manter as estruturas definidas pelas classes dominantes.








REFERÊNCIA






TONET,Ivo.Educação,Cidadania e Emancipação Humana.Izuí: Ed. Unijuí,2005.

sábado, 21 de agosto de 2010

Violência Contra a Criança


Orientadora:Flávia Maria
Grupo: Annyelle Lopes
             Carla Guedes            
             Christiane Melo
             Gérsica Nobrega
             Janaína Gomes
             Jayanne Santos
             Juliália Cássia
             Lívia Samara
             Maria Aparecida
             Michelle Ulisses
             Priscila Cabral
             Taynná Hnrique


INTRODUÇÃO

O programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) mostra-nos que: atividades exercidas sem direitos trabalhistas nem garantias previdenciárias junto a crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos no Brasil é considerado trabalho infantil. A exploração sexual infantil atrelada a pedofilia e as demais formas de exploração física e psicológica contra a criança é por sua vez um fator irreversível, mas não convém dizer que  seja irredutível e que as demais formas de violências contra o menor é um problema que aumenta a cada dia por que ainda não temos clareza quanto aos direitos no sentido de coibirmos tais práticas abusivas.


1.Trabalho Infantil

             É considerada exploração do trabalho infantil toda atividade praticada por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima permitida pela legislação, conforme as normas de cada país.
            De acordo com as leis aplicadas no Brasil, é proibida qualquer menor de 14 anos trabalharem, a partir desta idade pode exercer atividades relacionadas ao trabalho na condição de jovem aprendiz, contribuindo para sua qualificação profissional. Acima de 16 anos é permitido desde que não seja no turno da noite, nem exerça nenhum perigo e não o atrapalhe na sua jornada escolar. Posteriormente, com idade superior aos 16 anos, o jovem não tiver carteira assinada ou estiver em situação precária, ele participa dos números de trabalho infantil e ilegal.
            O que acontecem nas televisões é exatamente o contrário, a exploração de crianças no trabalho da lavoura de cana, quebrando pedra é considerada um absurdo, mas existe o hábito de aplaudi-las ao se tornarem estrelas na mídia.
            As formas mais dolorosas desta exploração não são apenas proibidas, mas consideradas também como crime. A gravidade do trabalho infantil tem sua dimensão perceptível, quando é negado aos menores qualquer tipo de desenvolvimento intelectual, físico e psicológica.
            Quase 2 milhões de menores entre 7 e 17 anos trabalham em condições subumanas na área rural brasileira.. No Brasil algumas formas prejudiciais de trabalho infantil são: trabalho em minas de carvão, canaviais, funilarias, metalurgia e junto a fornos quentes, no corte de cana, na colheita de laranjas e em outras demais tarefas.
            No Brasil, o trabalho infantil é predominantemente agrícola. Nas granjas, sítios e fazendas estão cerca de 36,5% das crianças e 24,5% estão nas lojas e fabricas.
 Cumprindo uma jornada mais de 40 horas de trabalho por semana, no qual mais de 57% dos menores não recebem nada pelo trabalho realizado e 42% não freqüentam a escola.
            Nos países subdesenvolvidos é comum a ocorrência desta exploração. Por exemplo: o Brasil, onde acontece como muita freqüência nas regiões mais pobres. Na maioria das vezes é devido à necessidade de ajudar na renda familiar, é comum acontecer nas famílias em que possuem muitos filhos.
            Apesar de ser proibido por lei é comum encontrar as crianças nas grandes cidades brasileiras vendendo bens que possuem um valor mínimo. Num país como o Brasil as leis são muito discutidas, mas não vemos os direitos destas crianças serem respeitados.
            A responsabilidade é referente aos pais, mas não é habito dos juízes a prática da punição, que é aplicada em quem as contrata, mesmo assim as penas não chegam a ser aplicadas.
            O PETI (programa de erradicação do trabalho infantil) vem trabalhando com dificuldades para erradicar o trabalho infantil. Infelizmente, com todos os seus projetos a probabilidade de atender a todos com os seus projetos, cerca de 1,1 milhões de adolescentes e crianças trabalhadoras segundo a Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Deste total, 3,7 milhões de crianças ficarão de fora.
            Por suas jornadas de trabalho muito árduas elas abandonam a escola ou ate dividem o tempo entre a escola e o trabalho seu rendimento escolar ficam baixos, tornando-se serias candidatas ao abandono escolar por conseqüências despreparadas para o mercado de trabalho, aceitando subempregos, contribuindo para o aumento do ciclo da pobreza no Brasil.
            O PETI atende as famílias com crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos  retirados de várias situações de trabalho.
            O desafio de combater o trabalho infantil recebe a ajuda de vários parceiros além do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), tais como: Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério da Educação (MEC), Ministério da Saúde (MS), Ministério do Esporte (ME), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Cultura, Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil, Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre

Benefício do PBF
Famílias em situação de trabalho infantil com renda per capita mensal igual ou inferior a R$ 120

Benefício do PETI
 Famílias em situação de trabalho infantil com      renda per capita mensal superior a R$ 120
Famílias com renda per capita de até R$ 60:
R$ 50
+
R$ 18 por beneficiário
(no máximo até 3)

R$ 30 por jovem de 16 e 17 anos freqüentando a escola
(no máximo até 2)

A bolsa de R$ 40 é paga para as famílias residentes nas áreas urbanas de capitais, regiões metropolitanas e municípios com mais de 250 mil habitantes. Para as famílias de residentes em outros municípios ou em áreas rurais o valor da bolsa é de R$ 25.
A classificação do beneficiário nas áreas urbana ou rural é feita com base na identificação do domicílio da família.
(valor é repassado por criança/adolescente até 16 anos retirado da situação de trabalho)

Famílias com renda per capita acima de R$ 60 e menor que R$ 120: 
R$ 18 por beneficiário
(no máximo até 3)
R$ 30 por jovem de 16 e 17 anos freqüentando a escola
(no máximo até 2)


outros que participam de atividades conjuntas de enfrentamento ao trabalho infantil.
          
         A associação entre o programa de erradicação do trabalho infantil e o programa bolsa família(PBF), regulada pela Portaria GM/MDS nº 666, de 28 de dezembro de 2005, buscando a ampliação do atendimento de acordo com as ocorrências registradas de trabalho infantil, unificação do valor do Serviço Socioeducativo, generalização do acesso e melhoria da gestão.
Para receber a renda do PETI, as famílias têm que assumir os seguintes compromissos :
- retirada de todas as crianças/adolescentes de atividades laborais e de exploração;
- freqüência mínima da criança e do adolescente nas atividades de ensino regular e
no Serviço Socioeducativo, no turno complementar ao da escola, de acordo com o percentual mínimo de 85% (oitenta e cinco) da carga horária mensal exigida;
- acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, da vacinação, bem como da vigilância alimentar e nutricional de crianças menores de sete anos.


3.Exploração Sexual Infantil

A exploração sexual contra crianças e adolescentes acontecem em escala mundial, esteve sempre presente em toda a história da humanidade, e em todas as classes sociais, articulada ao nível de desenvolvimento e civilizatório da sociedade na qual acontece.
Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.
O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um “amigo da família”, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.
Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.
Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a uma criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno.




3.1 Violência sexual

Segundo Azevedo & Guerra (2007), configura-se a violência sexual como todo ato ou jogo sexual, relação hetero ou homossexual, entre um ou mais adultos e uma criança ou adolescente, tendo por finalidade estimular sexualmente esta criança ou adolescente, ou utilizá-la para obter uma estimulação sexual sobre sua pessoa ou de outra pessoa. Ressalte-se que em ocorrências desse tipo, a criança é sempre vítima e não poderá ser transformada em ré. A intenção do processo de Violência Sexual é sempre o prazer (direto ou indireto) do adulto, sendo que o mecanismo que possibilita a participação da criança é a coerção exercida pelo adulto, coerção esta que tem raízes no padrão adultocêntrico de relações adulto-criança vigente em nossa sociedade. A Violência Sexual é uma forma de erosão da infância.
O abuso sexual infantil engloba não somente atitudes físicas, mas psicológicas também. A pornografia, a pedofilia, ou ‘turismo sexual’ entre outros casos também são formas de abuso por colocar em risco a integridade (relacionada a sexualidade) da criança, sendo, pois uma atitude criminosa e na maioria dos casos, silenciosa, que começa dentro de casa.
Segundo a polícia rodoviária federal (PRF) á um ponto de exploração sexual infantil a cada 26,7 km, São postos de combustíveis, bares, boates, restaurantes ou mesmo acostamento que os menores costumam freqüentar vendendo seus corpos ás vezes por até R$ 2, 00, infelizmente esse fato é real cada vez mais essas crianças são vítimas de pessoas com má fé, exploradores e pedófilos.
A pobreza e a desestrutura familiar são os principais fatores que levam á exploração de crianças e adolescentes, mas essa tal pobreza deve e pode ser eliminada através de uma maior assistência ao desenvolvimento, existem organizações e comunidades que focam em restabelecer famílias desestruturadas, mas acabar com a pobreza não é tão fácil assim é preciso da ajuda do governo, pois tais organizações não têm como dar empregos para essas famílias e muitas vezes pessoas que estão ligadas ao tráfico de drogas não querem nenhuma ajuda. È difícil acabar com todas essas gravidades que estão dentro do nosso país, Mas é possível sim fazer a nossa parte denunciando quaisquer atos contra as nossas crianças.
"O abuso sexual pode acontecer a qualquer criança, independentemente do sexo, da idade ou da classe social. As crianças menores ou portadoras da deficiência são mais vulneráveis por terem mais dificuldade em defender-se ou em pedir ajuda."
“As crianças vítimas de abuso sexual podem apresentar sintomas variados, nem sempre fáceis de relacionar com o abuso”. Assim, poderão apresentar corrimento vaginal, hemorragia vaginal, ardor ao urinar, corrimento através da uretra (canal por onde sai a urina), alterações do comportamento (agressividade, masturbação excessiva ou de modo exibicionista, atitudes e conversas sobre temas sexuais desadequados ao nível etário), pesadelos, insônia, encoprese (perda de controle da emissão de fezes), medo de estar sozinho, dificuldade de aprendizagem, etc.
Algumas crianças apenas apresentam queixas inespecíficas persistentes, como dor de cabeça, dores de barriga ou crises de asma. Noutros casos não há evidência de sintomas imediatos,podendo surgir alterações psicológicas tardias.
Há que ter presente que a maioria destes sintomas estão presentes noutras situações, sem abuso sexual; o seu aparecimento e a sua persistência sem outras causas evidentes deve fazer com que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos, facilitando o diálogo com a criança e encorajando-a a falar sobre um eventual incidente."
"O abuso sexual pode causar alterações emocionais transitórias (medo, confusão, culpa, ansiedade, tristeza, desconfiança) e provocar consequências, a médio e a longo prazo, a nível físico, psicológico e comportamental.
1. Consequências físicas – lesões traumáticas (hematomas, feridas), doenças de transmissão sexual (herpes, gonorréia, sífilis, sida, etc.) e gravidez.
2. Consequências psicológicas – ansiedade, depressão, alterações do sono, agressividade, desconfiança, disfunção sexual na idade adulta.
3. Consequências comportamentais – “fugas de casa, furtos, dificuldades de aprendizagem, regressão do desenvolvimento, comportamentos agressivos ou destrutivos, abuso de outros menores."



 CONCLUSÃO
           
O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil visa conscientizar e orientar famílias e autoridades competentes para que as leis que dão assistência à criança sejam cumpridas. As formas de exploração infantil é negligência não só do governo, mas  também de cada um de nós. Nossas ações podem mudar o amanhã de inúmeras crianças e adolescentes para melhor.
Considerações finais


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi exposto não existe local, classe social ou tipo específico de família para ocorrer o abuso sexual, pois de uma a quatro a meninas e de um a seis meninos são vítimas de abuso na infância.
Cerca de 75 a 80% dos abusadores são do sexo masculino que na maioria das vezes possui a confiança são os da criança mas também da família , sendo parentes próximos como pai, padrasto, tio etc.
            A maioria dos abusos não envolve violência física por parte dos abusadores, eles se aproximam de suas vítimas de maneira sutil através de gentilezas e presenteando suas vítimas ganhando assim sua confiança.
Outro fator a ser esclarecido é que nem sempre o abusador é um pedófilo.
O pedófilo é aquele que possui um distúrbio mental possuindo um desejo incontrolável por crianças , contudo, nem todo mundo que abusa sexualmente de crianças sofre desse distúrbio( a pedofilia).
A criança abusada desenvolve alguns comportamentos como: perda da auto-estima tornando-se retraída, possui comportamento sexual inadequado, tem acessos de raiva e apresenta sinais físicos na região genital.
A família possui um papel fundamental no apoio a criança vítima de abuso por isso é necessário que o tratamento  psicológico seja dado não só a criança mas também a família.
Infelizmente o abuso infantil  podem ocorrer em qualquer local como creches, escolas, consultórios médicos e em sua própria casa, por isso é necessário a orientação, atenção e companheirismo para que a criança sinta confiança para expor um eventual abuso.

REFERÊNCIAS

Abuso infantil. Disponível em:  Acesso em: 08, jan.2010.

Abuso Sexual Infantil. Disponível em: Acesso em: 08, jan. 2010.

Abuso Sexual Infantil. Disponível em: . Acesso em: 08, jan. 2010.

BEZERRA, Márcia Mônica de Souza. Abuso Sexual Infantil: Criança x Abuso sexual

Ballone GJ - Abuso Sexual Infantil, in. PsiqWeb, Internet, disponível em: <http://www.virtualpsy.org/infantil/abuso.html> 2003


Disponível em:. Acesso em:9 jan.2010.


Disponível em: Acesso em: 08, jan. 2010.

Disponível em:<http://trabalhoinfantilm.blogspot.com/>.Acesso em:9 jan.2010.

Disponível em:. Acesso em:9 jan.2010.

Disponível em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_infantil>.Acesso em:9 jan.2010.




quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Diversidade de Generos nos Cursos Superiores

Orientadora:Maria Eulina Carvalho
Disciplina:Diversidade Cultural
Grupo:Christiane Melo
            Julialia Cássia
            Maria Aparecida Andrade

Introdução

Essa pesquisa foi realizada dia 09 de junho de 2010, no período da manhã, e teve como campo de estudo a Universidade Federal da Paraíba.


Esse estudo tem por objetivo identificar o preconceito de gênero nos cursos superiores. Desse modo, foi selecionada como amostra alunos dos cursos que são majoritariamente masculinos ou femininos, os quais apresentem uma diferença considerável entre as pessoas de sexo diferentes, entre matriculados e graduados.

Primeiro foram observadas as placas das duas últimas turmas que se formaram nesses cursos e em seguida colhidos depoimentos dos alunos e alunas. Assim sendo, foram investigados os cursos de Pedagogia, Serviço Social e Enfermagem (majoritariamente femininos) e Ciências da Computação, Engenharia Mecânica e Física (majoritariamente masculinos).




Pesquisa de campo
Os resultados obtidos foram os seguintes:


• Pedagogia

Turmas:

- 2009.1 (Mulheres: 23/ Homens: 1)

- 2009.2 (Mulheres: 32/Homens: 8)

Fonte: Placas dos graduados.

Corpo Docente

DME (Departamento de Metodologia da Educação)

Mulheres: 26

Homens: 19

DFE (Departamento de Fundamentação da Educação)

Mulheres: 25

Homens: 17

DHP (Departamento de Habilitações Pedagógicas)

Mulheres: 32 + 1 (profª substituta)

Homens: 9

Fonte: Departamento do curso



Depoimentos de estudantes:

Mulher:

“É estranho devido ao preconceito por acharem que ser professor de criancinhas é coisa para mulher”. (aluna do 4º período)

Homem:

“É constrangedor pela presença de tantas mulheres. Em relação aos professores há uma discriminação quando se refere à generalização na sala, como se houvessem apenas mulheres. Mas em nenhum momento me arrependi da escolha que fiz.” (aluno do 5º período)


• Enfermagem

Turmas:

-2009.1 (Mulheres: 27/Homens: 7)

-2009.2 (Mulheres: / Homens:)

Fonte: Placas dos graduados.

Corpo Docente:

Mulheres:

Homens:

Fonte: Departamento do curso



Depoimentos de estudantes:

Mulher:

“Normal, não tem discriminação na sala de aula com relação aos colegas, porém, no estágio podemos observar certo preconceito por parte dos pacientes ao ser atendido por homens.” (aluna do 6º período)

Homem:

“Um pouco excluído com relação às conversas, mas não há descriminação por parte das professoras nem por alunas, só dos pacientes que preferem ser atendidos por mulheres”. (aluno do 7º período).

• Serviço Social

Turmas:

- 2009.1 (Mulheres: 47 /Homens: 2)

-2009.2 (Mulheres: 29/ Homens: 3)

Fonte: Coordenação do curso.

Corpo Docente:

Mulheres: 27

Homens: 3

Fonte: Departamento do curso



Depoimentos de estudantes:

Mulher:

“No meu ponto de vista não há preconceito, nós mulheres aceitamos eles sem discriminação, mas notamos que eles ficam um pouco afastados quando estamos conversando sobre assuntos femininos. Porém nos conteúdos aplicados em sala de aula, eles participam ativamente das aulas”. (aluna do 2º período)

Homem:

“Em relação às colegas de sala me relaciono bem, mas reconheço que tem um pouco de preconceito por ser homem em uma sala de tantas mulheres, me sinto excluído das conversas, mas estou tentando vencer este preconceito sendo participativo em sala de aula. (aluno do 2º período)



• Física

Turmas:

- 2009.1(Mulheres: 0 / Homens: 10)

-2009.2 (Mulheres: 0 / Homens: 19)

Fonte: Coordenação do curso



Corpo Docente

Mulheres: 2

Homens: 28 + 4(profº substituto)

Fonte: Coordenação do curso



Depoimentos de estudantes:

Mulheres

“Diferente, pois existem poucas mulheres, mas os meninos não têm preconceito. No início do curso existem muitas mulheres, só que depois a maioria desiste porque o curso é muito pesado. Em relação aos professores eles nos tratam de uma forma diferenciada, principalmente com relação ao vocabulário”. (aluna do 7º período)

Homens

“Falta presença feminina tanto em relação às alunas quanto as professoras, havendo poucas professoras no curso. O tratamento em sala é igualitário sem discriminação.” (aluno do 6º período)


• Ciências da Computação

Turmas:

-2009.1(Mulheres: 1 / Homens: 6 )

-2009.2 (Mulheres: 3 / Homens: 17)

Fonte: Coordenação do curso

Corpo Docente

Mulheres: 5

Homens: 20

Fonte: Coordenação do curso

Depoimentos de estudantes:

Mulheres:

“Tem uma diferença com relação ao tratamento (em termos positivos), os professores são mais atenciosos, eles decoram os nomes das alunas (por serem poucas). Mas em relação aos meninos não há preconceito, eles nos tratam de forma igualitária.”

Homens

“Bem, o tratamento é diferenciado para as mulheres, pois os professores dão mais atenção, quando chega uma aluna na sala, chama logo nossa atenção, fica uma ilha de marmanjo em torno dela” (aluno do 7º período)


• Engenharia Mecânica

Turmas:

-2009.1(Mulheres: 3 / Homens: 38)

-2009.2 (Mulheres: 0 /Homens: 12)

Fonte: Coordenação do curso

Corpo Docente

Mulheres: 0

Homens: 35

Fonte: Coordenação do curso

Observação: A única professora que houvera no curso se aposentou há pouco mais de dois anos



Depoimentos de estudantes:

Mulheres

“Eu amo meu curso! Já houve muito preconceito, mas hoje não tem tanto. Só que em relação ao tratamento em sala de aula posso dizer que é diferenciado, somos tratadas com mais delicadeza pelos professores, sendo mais atenciosos e com o uso da linguagem diferenciada” (aluna do 4º período)



Homens

“É horrível porque o curso é praticamente masculino, o cheiro da sala é diferente. E com relação às mulheres elas são tratadas de modo diferente, mas com os homens não tem moleza” (aluno do 5º período)

Desenvolvimento

Através dessa pesquisa, podemos observar que há desigualdade no acesso a certos cursos superiores para homens e mulheres. De acordo com os artigos utilizados como base, não houve muitas mudanças, comprovando que mesmo com o passar dos anos, o preconceito ainda predomina.

Durante a pesquisa em campo, podemos ver que nos cursos majoritariamente masculinos, os meninos sentem falta da presença feminina, mas não com “ar de valorização da mulher” nessa área e sim de forma sexual.

“O cheiro da sala é diferente. ” (Aluno de Engenharia Mecânica)

“Quando chega uma na sala, chama logo a atenção, fica uma ilha de marmanjo em torno dela.”

(Aluno de Ciências da Computação)

Em relação às alunas dos cursos majoritariamente masculinos, estas se sentem aceitas, porém afirmam que há uma nítida diferença com relação ao tratamento, elas recebem mais atenção em Engenharia mecânica e Computação. Já em Física, foi apontado que muitas mulheres desistem do curso, necessitando uma maior exploração para que se possa compreender melhor o porquê desse acontecimento.

“No início do curso existem muitas mulheres, só que depois a maioria desiste por que o curso é muito pesado.”

(Aluna de Física)

Nos cursos predominantemente femininos, o preconceito por parte das alunas e dos professores não é tão intenso, mas ainda assim é visível. Segundo o aluno de Pedagogia, o conteúdo é passado de forma igualitária pelo corpo docente, porém, o modo como tratam os alunos do sexo masculino acaba sendo generalizado, como se estes fossem uma delas.

“(...) em relação aos professores há uma discriminação quando se refere à generalização na sala, como se houvessem apenas mulheres.”

(Aluno de Pedagogia)

Em contrapartida, pode-se observar o preconceito de fora para dentro, principalmente na área de saúde, onde culturalmente os pacientes, de modo geral, preferem o atendimento feminino quando se trata – principalmente - de exames do tipo ginecológico.

“(...) não há descriminação por parte dos professores nem dos alunos, só dos pacientes que preferem ser atendidos por mulheres”.

(Aluno do curso de Enfermagem)

Podemos notar um aumento, com relação à participação de homens nas áreas onde as mulheres predominam, mas isso não quer dizer que esse preconceito e o machismo que eles carregam consigo seja uma coisa generalizada.



“(...) me sinto excluídos das conversas, mas estou tentando vencer este preconceito sendo participativo em sala de aula.”

(Aluno do curso de Serviço Social)


Conclusão
Em suma, independente da área de atuação, é visível a crescente presença feminina (em menor quantidade) nas áreas majoritariamente masculinas, bem como a masculina nos cursos onde as mulheres estão em maior quantidade.

Assim sendo, de onde surgiu o preconceito dentro dos cursos superiores?Ele é um ideal individual ou coletivo? Mas, que ideais seriam esses? O da injustiça? O da desigualdade? O da discriminação?

Deduz-se que o preconceito surge de maneira individual e só passa para o coletivo a partir do momento em que pessoas se unem para lutar a favor dos mesmos ideais, e mesmo que essa ideologia não seja das melhores é necessário que haja respeito entre as partes.

A busca pela atuação na área dos sonhos deve ser primordial e deve independer da diversidade sexual e de gênero. O preconceito é um obstáculo que assim como os demais, pode vir a ser ultrapassado, mas para isso é necessário que haja respeito de dentro para fora, e amor pelo que se faz para que este seja executado com perfeição, proporcionando prazer a si mesmo e ao próximo.


Referências:

GÊNERO E ENSINO SUPERIOR: Perspectivas profissionais de discentes concluintes em 2009.2 dos cursos de Engenharia Mecânica e Serviço Social da UFPB.

ARRUDA, K.B.

Gênero e carreiras universitárias: o que mudou? – ST 23

Maria Eulina Pessoa de Carvalho